quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Nostalgia Juvenil - O início.

Olá rapaziada mais farpada da web !! Gran Confrade na área. Mais uma vez chutando a porta e tocando a real para dentro dos seus cérebros azeitonados pela rede Bobo. Gosto de pensar que sou um arauto das boas novas e chego distribuindo conhecimento a essas almas penadas ao redor do mundo lusófono.

Hoje eu tô poético, ocorre que trombei com uma vídeo sobre uma galerinha fazendo brincadeiras juvenis, tipo queimado, pique bandeira e pique-pega. Puxei pela minha memória e fui recordando das sensações de ser um garoto...É difícil precisar quando olhei pela primeira vez pra uma menina e pensei..."Puxa!! que linda!" ´Daí resolvi inovar e criei uma série.

Inegavelmente minha própria psiquê se tornou alvo de minha análise nessa nova jornada. Assim, expando a questão para como um Confrade sagaz enxerga as relações humanas e as Mulheres em si.

Eu era um moleque de 7 anos. Estudava num colégio religioso e as meninas usavam saias marrons, grandes e camisas sociais. É engraçado como as nossas memórias reais se misturam com as fotos que vimos e analisando criticamente torna-se complicado discernir se a memória é real, ou montada a partir de várias imagens.

Independente disso uma coisa era certa, o nome dela era Carolina. Ela era magra, com cabelos lisos e compridos que escorriam por cima de ombros esguios e emolduravam um rostinho angelical. Seu rosto tinha pintinhas, não muitas umas 3 ou 4, ou umas 8...seus olhos castanhos e pequenos me encararam pela primeira vez em um recreio, conversamos e sua voz era doce como o som do vento numa casa de praia no meio da noite.

Carolina foi a primeira mulher(menina) que desejei. Ela tirou o cabaço do meu cérebro e desde então não havia um só dia em que eu não me ajeitasse melhor pela manhã pra ir ao colégio, na verdade estudar era só um pretexto pra poder ir ver a Carolina.

Atitude alpha-mirim.

Enfim a vida seguiu e a Carolina seguirá eterna em seu posto de pioneira em meu coração. Mas eu amadureci, resolvi que tinha que estudar, e lá já mais maduro, pelos meus 8 anos eu me estabaquei novamente.

Eu pegava uma condução dessas para ir ao colégio, nada demais sempre as mesmas pessoas, mas um dia ela entrou. Ela era mais velha, maior que eu, pra mim um mulherão. Ela jogou toda a pureza e santidade da beleza da Carolina no lixo. Tinha uma aura de rockeira pervertida e os cabelos longos e tingidos. "Oi, eu sou a Lola" - Disse ela ao subir no ônibus.

Eu não podia acreditar no que estava vendo...Bem ali, diate dos meus olhos...foi como descobrir que a beleza da Mulher possuía várias formas. Ela era sexy, aparentava não se importar, usava maquiagem e mastigava chiclete de boca aberta. Ela era do ginásio e não precisava usar o mesmo uniforme que nós, usava uma blusa branca que sempre mostrava a alça de seu soutien .Ela ouvia walkman no volume máximo e sua calça tinha rasgos no joelho... mas quando ela sorria seus dentes perfilavam uma visão maravilhosa e seus lábios eram o único gosto que eu queria sentir. Seus olhos verdes eram grandes e inquisitores, e seu rosto tão liso e belo quanto uma impávida geleira.

Lembro de ter olhado apaixonadamente para Lola por incontáveis viagens de volta após o colégio. Eu ficava alvoroçado quando ela se sentava em algum lugar onde eu podia vê-la...Me recordo da cabeça dela apoiada contra o vidro da janela. Dos fios loiros e tingidos dançando ao sabor do vento, num frenesi inebriante que moldava minha masculinidade...Se a Carolina foi a primeira mulher que me cativou, a Lola me despertou desejos carnais.

Curiosamente eu era um moleque diferente dos meus amiguinhos. Eu curtia brincar, jogar bola, video game etc. Mas logo nas festinhas da pré-adolescência percebi que meu hobby seria outro: Mulher. 

Elas me intrigavam e me tiravam o sono, e tudo que eu queria era sentir o gosto de uma mulher. Mas eu nunca desejei usá-las...eu queria degustá-las, Eu queria a eternidade solene do beijo inesquecível, o sexo feroz do cine privê com o romantismo da novela das oito. Sim os Homens são românticos...

Na minha cabeça, se eu me dedicasse. Se eu mostrasse o Homem maravilhoso que eu era e tudo de bom que havia em meu coração. Uma mulher que gostasse de mim me amaria e seríamos felizes. Ledo engano...


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